Gestão ambiental

Políticas e práticas  

O compromisso com a conservação ambiental ganhou destaque na atualização da Política Triunfo de Sustentabilidade realizada em 2014. A partir da identificação dos principais impactos causados por seus negócios ao meio ambiente, bem como dos riscos ambientais inerentes a cada segmento de atuação, a Companhia reafirmou seu empenho para assegurar o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a qualidade ambiental das regiões onde atua.

 

    +Meio Ambiente na Política Triunfo de Sustentabilidade
    • Conformidade legal

    • Uso racional dos recursos naturais

    • Redução das emissões

    • Monitoramento de indicadores de desempenho

    • Proposição de ações preventivas e corretivas

 

Ao longo de 2014, a Triunfo investiu em ações relativas à prevenção e à mitigação de impactos ambientais. A conformidade com a legislação define a conduta da Companhia em relação ao meio ambiente, de modo que, ao final do ano, todos os empreendimentos vinculados à Triunfo apresentavam as autorizações e licenças ambientais exigidas.

 

Em situações nas quais os órgãos ambientais identificam a não conformidade com alguma lei ou regulamento, a Companhia se empenha em saná-la com agilidade e eficiência, além de arcar com as sanções decorrentes. Em 2014, entre todas as empresas Triunfo, apenas a Aeroportos Brasil Viracopos foi autuada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – em função de duas inconformidades relativas às obras de expansão, ambas devidamente regularizadas até o final do ano. O valor total das multas foi de R$ 15 mil, pagos em sua integralidade.   G4-EN29

 

    +Qualidade ambiental
    Triunfo Concepa, Triunfo Econorte e Portonave são certificadas conforme a norma
    NBR ISO 14001, em função da qual monitoram indicadores específicos de qualidade ambiental e são auditadas periodicamente.

 

Assim, o atendimento à legislação figura como um dos pilares da gestão ambiental da Companhia, junto à promoção de práticas que permitam não apenas reduzir os impactos negativos de suas atividades, mas também potencializar os positivos. Entre essas práticas, destaca-se a definição dos indicadores ambientais mais relevantes para monitoramento em todas as unidades operacionais. Essa definição foi iniciada em 2014, a partir do engajamento dos principais públicos de interesse da Companhia, complementado pela análise de aspectos e impactos ambientais realizada pelo Comitê Triunfo de Sustentabilidade.   G4-14

 

Como resultado desse processo, foram estabelecidos os indicadores de desempenho ambiental a serem monitorados pelas empresas Triunfo. Por se tratar de uma Companhia com negócios distintos, em diferentes níveis de maturidade e segmentos diversos, a padronização do monitoramento e o registro dos indicadores ainda se mostram um desafio, que é enfrentado pela Triunfo por meio de treinamentos com as equipes envolvidas e a sensibilização dos gestores em relação à importância da mensuração. A seguir, são apresentados os principais indicadores ambientais relativos a 2014 [1].

Água  

A operação de dois dos negócios da Triunfo está diretamente relacionada a esse recurso natural: geração de energia elétrica e atividade portuária. Essa motivação, somada ao interesse público, orienta a conduta da Companhia ao uso racional dos recursos hídricos – uma das diretrizes da gestão ambiental das empresas Triunfo.

 

Na Portonave e nas Usinas Hidrelétricas Garibaldi e de Salto, o monitoramento da qualidade da água no entorno dos empreendimentos é periódica, visando a atender os padrões determinados pela legislação em vigor. No caso das hidrelétricas, são avaliadas amostras de água – superficial e de profundidade – tanto da área de influência direta dos reservatórios quanto de áreas próximas às usinas. No terminal portuário, são monitoradas as águas subterrâneas e também as do Rio Itajaí-Açu, a fim de identificar possíveis anomalias de qualidade.

 

Em função das obras da Nova Subida da Serra, a Concer monitorou, em 2014, os rios Major Archer, Ribeiro e Saracuruna, além do Córrego Meyer e seus afluentes e o Canal do Mato Grosso. Esses corpos d’água ficam no entorno das intervenções para construção do novo trecho e foram periodicamente avaliados com o objetivo de identificar eventuais alterações nos corpos d’água.

 

 

Consumo de água - 2014

G4-EN8

 

Reúso

 

Com o objetivo de promover economia dos recursos hídricos a Portonave possui, desde 2011, um sistema de reaproveitamento da água da lavação de máquinas e equipamentos, que é tratada e usada novamente para a mesma atividade. Somente depois de ter sido reutilizada cinco vezes a água é descartada, gradativamente, de acordo com o teor de salinidade. Em 2014, foram reutilizados aproximadamente 685,48 m3 de água por meio desse sistema, o que representa 3,67% do volume total de água consumida no Terminal Portuário ao longo do ano.   G4-EN10

Energia  

Eletricidade e combustíveis são as principais fontes de energia utilizadas pelas empresas Triunfo. Os combustíveis são consumidos, principalmente, no abastecimento da frota de veículos e equipamentos de todas as unidades operacionais. A energia elétrica, por sua vez, é utilizada na operação de escritórios e sedes administrativas, na iluminação de estradas e praças de pedágio nas rodovias e de centros de controle nas hidrelétricas, bem como para o funcionamento de equipamentos do terminal portuário e do centro de operações no aeroporto.

 

O consumo de energia elétrica e combustíveis é monitorado periodicamente pelas Companhias, mas ainda não abrange o volume consumido por terceiros. Entre as empresas Triunfo, apenas a Portonave monitora o consumo de energia indireta (fora da organização). Os dados relativos ao consumo em 2014 não foram consolidados até a data da publicação deste relatório e serão reportados no próximo ciclo de relato. O monitoramento feito pela Portonave considera o trajeto de empregados e terceiros fixos, bem como o transporte de contêineres. O cálculo inclui, ainda, o consumo de gasolina, etanol, diesel e gás natural veicular (GNV). A metodologia adotada pela Portonave para esse monitoramento foi a proposta pelo GHG Protocol e pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

 

 

Consumo de energia direta - 2014

G4-EN3

  

Intensidade energética

 

Para mensurar sua eficiência energética, parte das empresas Triunfo passou a monitorar, em 2014, a intensidade energética de suas operações, a fim de identificar a energia exigida por unidade de atividade, conforme apresenta a tabela a seguir.

 

 

Intensidade energética - 2014

G4-EN5

    +Consumo consciente
    Na sede, em São Paulo, a Triunfo Participações e Investimentos mantém um programa de comunicação, chamado Sou Mais Triunfo, que desde o ano de 2012 foi ampliado para abordar questões ambientais, gerando o Sou Mais Consciente. Por meio desse Programa, em 2014 foi realizada uma campanha para redução do consumo de energia, papel e água. Para o papel, a proposta é que os profissionais reduzam o consumo em 3%, trimestralmente, por meio do reaproveitamento, como rascunho, de materiais já impressos. Com essa iniciativa, a sede registrou redução de 5,66% no consumo de papel ao longo de 2014. Com relação à energia, a meta é reduzir em 5% o consumo por profissional alocado. Houve redução anual de 26% no consumo. No caso da água, o objetivo é conscientizar os profissionais quanto ao uso tanto no ambiente de trabalho quanto em suas residências.

 

Emissões  

Entre as empresas Triunfo, apenas a Aeroportos Brasil Viracopos e a Portonave têm a prática de realizar o inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Em 2015, a Companhia estenderá essa prática às demais unidades operacionais, de modo a registrar as emissões referentes ao ano de 2014. A expectativa é de que os dados monitorados sejam reportados no próximo Relatório de Sustentabilidade da Triunfo [2]. A partir do resultado do inventário, serão estabelecidas metas para redução das emissões atmosféricas, caso o impacto identificado seja relevante.

 

 

Biodiversidade  

A gestão dos impactos sobre a biodiversidade integra as práticas de controle ambiental das empresas Triunfo, especialmente em áreas adjacentes a suas instalações. Estudos de impacto ambiental, realizados previamente à realização de obras e à implantação de novos negócios, identificam habitats sujeitos à interferência dos empreendimentos, exigindo o monitoramento constante e o desenvolvimento de programas preventivos e corretivos.

 

 

Áreas protegidas ou restauradas

 

Setor rodoviário

 

As empresas Triunfo se empenham para que suas atividades causem o mínimo impacto possível sobre as unidades de conservação ou áreas de alto valor para a biodiversidade localizadas nas proximidades das rodovias concessionadas – a gestão dessas áreas é de responsabilidade dos órgãos públicos competentes.

 

O projeto Caminhos da Fauna, desenvolvido pela Concer, é um aliado na conservação de regiões como a Reserva Biológica do Tinguá, a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis e o Parque Natural Municipal da Caixa D’água – Unidades de Conservação adjacentes ao trecho concedido. Por meio do projeto, a empresa registra, com câmeras de monitoramento, o deslocamento de animais silvestres, a fim de desenvolver ações que minimizem o risco de atropelamentos da fauna nativa. Além disso, foram construídas cercas e túneis de passagem para evitar que os animais cruzem a rodovia.

 

Outras ações constantes são mantidas pelas empresas do setor rodoviário, assim como pelas suas prestadoras de serviços: monitoramento de acidentes que envolvam cargas perigosas, com potencial de contaminação de solo, ar e água – ou que possam causar algum dano à fauna, à flora local e às pessoas que trafegam pela rodovia ou habitam as comunidades de entorno. Em 2014, foram registrados 13 derramamentos com potencial poluidor, dos quais 12 ocorreram em trechos administrados pela Concer e um na RS 118, no acesso à Freeway, administrada pela Triunfo Concepa.Tais incidentes não ocorreram em função das atividades das empresas Triunfo, sendo de responsabilidade de terceiros.   G4-EN24

 

    +Replantio em Petrópolis
    Para compensar a supressão vegetal necessária às obras da Nova Subida da Serra, a Concer realizou o plantio de cerca de 25 hectares de mudas de espécies nativas no monumento natural “Pedra do Elefante”. Trata-se de uma Unidade de Conservação municipal de proteção integral localizada em Petrópolis (RJ).

 

Setor portuário

 

Devido à inundação decorrente de chuvas intensas ocorridas em 2011, a Área de Preservação Permanente (APP) anexa à Portonave teve seu valor de biodiversidade comprometido. Após avaliação dos 765 m² que compunham a APP, a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) concluiu que a área já não se mostrava fiel ao habitat original e, por isso, licenciou o espaço para a ampliação do terminal, iniciada em junho de 2014. Como forma de redirecionar seus esforços de preservação do meio ambiente e atender à compensação pela eliminação da APP, a Portonave passou a desenvolver um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) em toda a extensão da orla do município de Navegantes (SC).

 

O projeto Nossa Praia, realizado em parceria com a Prefeitura de Navegantes, prevê a recuperação da vegetação de restinga, a construção de um deck de madeira, a recomposição de dunas e a delimitação de trilhas ao longo dos cerca de 10 quilômetros de orla. Com investimento de R$ 3,8 milhões por parte da Portonave e de R$ 3,1 milhões da Prefeitura, os 102 hectares devem receber o plantio de 100 mil mudas nativas, a partir de 2015.

 

 

Setor aeroportuário

 

Os impactos causados sobre a fauna e a flora locais pela operação do Aeroporto Internacional Viracopos, em Campinas (SP), estão entre os itens de monitoramento ambiental acompanhados pela empresa. As instalações do sítio aeroportuário não integram áreas protegidas.

 

O Plano Básico Ambiental (PBA) relativo à obra de ampliação do aeroporto prevê a realização de programas que assegurem a conservação da biodiversidade na região, tais como o replantio de espécies nativas, que tem início programado para 2015.

  

 

Setor elétrico

 

Campanhas periódicas monitoram, na UHE Salto, operada pela Triunfo Rio Verde, a presença e o comportamento de mamíferos, anfíbios, répteis, aves, insetos e peixes, entre outras espécies. A conservação da ictiofauna (fauna de peixes) está entre as principais ações de proteção da biodiversidade realizadas na região do empreendimento. O mesmo ocorre na UHE Garibaldi, operada pela Rio Canoas, onde as campanhas de monitoramento da fauna ocorrem trimestralmente desde a construção da Usina.

 

Na UHE Salto, sementes de espécies nativas são coletadas para reprodução em viveiro e, após germinarem, destinam-se à recomposição da Área de Preservação Permanente. O processo de recuperação da vegetação nativa do Cerrado prevê a restauração de 14 hectares (cerca de 0,14 km²). Ao final de 2014, cerca de 80% dessa área havia sido restaurada. O restante da recuperação está previsto para os anos de 2015 e 2016.

 

 

 

 

Em Santa Catarina, na região da Usina Hidrelétrica Garibaldi, a área de restauração compreende 62 hectares (0,62 km²), dos quais 70% já foram recompostos. Somente em 2014 foram recuperados 12 hectares. O processo de recuperação deve se estender por, no mínimo, quatro anos – dois para replantio e dois para manutenção.

 

    +Conservação da flora
    As Usinas Hidrelétricas de Salto e Garibaldi mantêm programas de conservação da flora voltados à recuperação de áreas degradadas, reconstituição vegetal, implantação de faixas ciliares no entorno dos reservatórios e aproveitamento de recursos florestais.

 

Indicadores de biodiversidade - 2014

G4-EN11   G4-EN13   G4-EN14

Efluentes e resíduos  

Nas empresas Triunfo, o tratamento e a disposição final dos resíduos gerados a partir de suas atividades segue as normas e disposições da legislação vigente, respeitando processos e parâmetros estabelecidos pelos órgãos reguladores. Nas unidades operacionais que possuem a certificação NBR ISO 14001 – Triunfo Concepa, Triunfo Econorte e Portonave –, esse controle integra o sistema de gestão ambiental adotado, complementando as atividades de monitoramento.

 

Na maior parte das sedes administrativas das empresas, os efluentes são descartados na rede pública de esgotamento sanitário. Algumas unidades operacionais possuem Estação de Tratamento de Efluentes e outras ainda se utilizam de fossas sépticas (com sumidouro), a depender do volume de efluentes descartados, bem como da localização das instalações.

 

Em relação aos resíduos sólidos, as empresas Triunfo buscam realizar, sempre que possível, a segregação, o armazenamento e a disposição final adequados para cada tipo de resíduo, priorizando o encaminhamento à reciclagem. Em algumas unidades, a coleta e a disposição final são feitas por empresas terceirizadas, devidamente licenciadas para essa atividade. Em outras, o recolhimento dos resíduos e sua destinação ficam a cargo dos serviços públicos municipais.

 

 

Resíduos - 2014

G4-EN23

Atendimento a manifestações  

As empresas Triunfo têm como prática o acolhimento e a rápida resposta a eventuais queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais decorrentes da operação de seus negócios. As concessionárias de rodovias, assim como a Portonave e a Aeroportos Brasil Viracopos, mantêm ouvidorias, enquanto as demais unidades recebem essas demandas por meio de outros canais, como contato telefônico, e-mail e presencialmente.

 

 

Queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais
2014

G4-EN34